Ireneu (130-200)
Nascido em Esmirna, na Ásia Menor (Turquia), no ano 130, em uma família cristã, Ireneu era grego e foi influenciado pela pregação de Policarpo, bispo de Esmirna. Anos depois, mudou-se para Gália (atual sul da França), para a cidade de Lyon, onde foi um presbítero em substituição do bispo que havia sido martirizado em 177.
Ireneu também recebeu influência de Justino. Ele foi uma ponte entre a teologia grega e a latina, a qual iniciou com um de seus contemporâneos, Tertuliano. Enquanto Justino era primariamente um apologista, Irineu contribuiu na refutação contra heresias e exposição do Cristianismo Apostólico. Sua obra maior se desenvolveu no campo da literatura polêmica contra o gnosticismo.
Irineu
Bispo de Lyon e Polemista Anti-Gnóstico - Diferentemente dos
Apologistas do segundo século que procuraram fazer uma explanação e uma
justificação racional do Cristianismo para as autoridades, os Polemistas
empenharam-se por responder ao desafio dos falsos ensinos dos heréticos,
condenando veemente esses ensinos e seus mestres. Apesar da maioria dos
Apologistas viverem no Oriente, os grandes Polemistas vieram do Ocidente, sendo
Irineu um dos primeiros.
Enquanto os do Oriente usavam uma teologia especulativa dando mais atenção aos problemas metafísicos, os do Ocidente preocupavam-se mais com os desvios administrativos da Igreja, empenhando-se em formular uma resposta para os problemas desta esfera.
Os apologistas convertidos do paganismo, preocupavam-se com a ameaça à segurança da Igreja, especialmente com a perseguição. Os polemistas que tinham uma formação cultural cristã, preocupavam-se com a heresia e suas ameaças no seio da Igreja.
Enquanto os do Oriente usavam uma teologia especulativa dando mais atenção aos problemas metafísicos, os do Ocidente preocupavam-se mais com os desvios administrativos da Igreja, empenhando-se em formular uma resposta para os problemas desta esfera.
Os apologistas convertidos do paganismo, preocupavam-se com a ameaça à segurança da Igreja, especialmente com a perseguição. Os polemistas que tinham uma formação cultural cristã, preocupavam-se com a heresia e suas ameaças no seio da Igreja.
Seu Crescimento e Influência
Nascido em Esmirna, na Ásia Menor (Turquia), no ano 130, em uma
família cristã, Irineu era grego e foi influenciado pela pregação de Policarpo,
bispo de Esmirna. Anos depois, Irineu mudou-se para Gália (atual sul da
França), para a cidade de Lyon, onde foi um presbítero em substituição do bispo
que havia sido martirizado em 177.
Irineu também recebeu influência de Justino. Ele foi uma ponte entre a teologia grega e a latina, a qual iniciou com um de seus conteporâneos, Tertuliano. Enquanto Justino era primariamente um apologista, Irineu contribuiu na refutação contra heresias e exposição do Cristianismo Apostólico. Sua obra maior se desenvolveu no campo da literatura polêmica contra o gnosticismo.
Irineu também recebeu influência de Justino. Ele foi uma ponte entre a teologia grega e a latina, a qual iniciou com um de seus conteporâneos, Tertuliano. Enquanto Justino era primariamente um apologista, Irineu contribuiu na refutação contra heresias e exposição do Cristianismo Apostólico. Sua obra maior se desenvolveu no campo da literatura polêmica contra o gnosticismo.
Os Ensinos Heréticos do Gnosticismo
O gnosticismo, a maior das ameaças filosóficas, chegou ao máximo de
sua influência ao redor do ano 150. Suas raízes estão fincadas nos tempos do
Novo Testamento. Paulo parece ter enfrentado uma forma incipiente de
gnosticismo em sua carta aos Colossenses. A tradição cristã associou a origem
do gnosticismo com Simão, o mago, a quem Pedro teve que repreender duramente
(At 8.9-24).
Irineu tornou-se o mais expoente escritor e defensor das Escrituras contra as Heresias Gnósticas na sua era. A palavra gnosticismo é um termo moderno que cobre uma variedade de seitas do segundo século que propagavam alguns erros em comum. O Gnosticismo era radicalmente diferente e contrário ao Cristianismo Ortodóxo. Cada grupo tinha seus próprios escritos. Alguns desses ensinamentos falsos eram:
Irineu tornou-se o mais expoente escritor e defensor das Escrituras contra as Heresias Gnósticas na sua era. A palavra gnosticismo é um termo moderno que cobre uma variedade de seitas do segundo século que propagavam alguns erros em comum. O Gnosticismo era radicalmente diferente e contrário ao Cristianismo Ortodóxo. Cada grupo tinha seus próprios escritos. Alguns desses ensinamentos falsos eram:
Crença em um Deus supremo o qual era totalmente remoto deste mundo.
Crença que o Deus supremo não tinha parte na criação, mas que este
trabalho imperfeito foi realizado por uma deidade inferior à ele, identificando
como o Deus do Velho Testamento.
Crença que a matéria era má, por isso o Deus supremo sendo
espiritual e bom, não poderia criá-la.
Crença que entre o reino das trevas e o Deus supremo, existe uma
hierarquia de seres divinos.Crença que o nosso corpo, sendo físico, é parte
deste mundo, ele é mal; nossa alma é uma faísca divina que está presa ao corpo,
ela é divina.
Crença que a salvação é o escape da alma deste corpo para o reino
celestial.
Crença que para alcançar o Deus supremo é necessário que a alma
ultrapasse o reino acima de nós, o qual é controlado pelas estrelas e pelos
planetas.
Crença que a salvação vinha pelo conhecimento; gnosis (conhecimento).
A Grande Defesa do Teólogo Irineu
Em sua primeira obra, Adversus Haereses (Contra Heresias) escrita entre os anos 182 e 188, em Lyon, ele descreve a teologia da fé cristã em refutação aos ensinos heréticos gnósticos de Valentino e Marcion através das Escrituras. De muitos argumentos feitos por Irineu, três importantes podem ser ressaltadas:
A diferença do sistema gnóstico. Ele descreve a natureza burlesca de muitas de suas crenças.
Os ensinamentos que os gnósticos diziam ter recebido secretamente
dos apóstolos, Irineu os desafiava argumentando que se os apóstolos tivessem um
ensinamento especial a declarar, eles o teriam confiado às suas próprias
igrejas, as quais fundaram. Ele mostrava como as igrejas estabelecidas pelos
apóstolos, e seus dirigentes, os quais eram apontados pelos mesmos e seus
sucessores, cresciam em todo o império, e permaneciam até a data, ensinando a
mesma doutrina.
Defesa do Novo Testamento como canônico, em vista que o gnosticismo
não cria nele, e possuía outras escrituras. No tempo de Irineu, o Novo
Testamento era aceito cerca de como temos agora: os Evangelhos, Atos, Cartas de
Paulo e outras epístolas. A carta aos Hebreus, Apocalipse e algumas epístolas
compuseram o Novo Testamento alguns anos na frente.
A sua obra é composta de cinco volumes é são assim
caracterizadas:
Livro I: Esboço histórico da seita gnóstica, apresentada em
conjunto com uma declaração da fé cristã. Este volume é a melhor fonte de
informação sobre os ensinos dos gnósticos. Era uma polêmica filosófica contra
Valentino, o líder da corrente romana do gnosticismo.
Livro II: Crítica filosófica sobre o Gnosticismo. Nele, Irineu
insiste na unidade de Deus em oposição a idéia herética da existência de um
demiurgo distinto de Deus.
Livro III: Crítica bíblica sobre o Gnosticismo. Ele mostra como
o Gnosticismo é rejeitado pela Bíblia e pela tradição mais significativa. Neste
livro, Irineu dá ênfase à unidade da Igreja através da sucessão apostólica de
líderes desde Cristo e de uma regra de fé.
Livro IV: Respostas ao Gnosticismo através das palavras de
Cristo. Neste, Marcion, outro líder gnóstico, é condenado pela citação das
palavras de Cristo que se opõem às suas propostas.
Livro V: Vindicação da ressurreição contra os argumentos
gnósticos, os quais, segundo as idéias deles, reunia o corpo material mau com o
espírito.
A Contribuição de Irineu à Igreja
Foi necessário a habilidade intelectual, a força espiritual deste
polemista e o desenvolvimento de uma regra de fé e um cânon da Bíblia pela
Igreja para superar a ameaça desse movimento ao Cristianismo. Irineu através da
sua defesa do Evangelho, foi o primeiro a declarar os quatro Evangelhos como
canônicos, ensinar acerca do reino milenial de Cristo na terra, defender o
episcopado (pastorado) e as tradições teológicas da verdadeira Igreja Ortodóxa.
Ele também é chamado de “Pai dos Dógmas da Igreja”, por formular os
princípios da teologia cristã e exposição do credo da Igreja.
Não só Irineu, mas Polemistas como Tertuliano e Hipólito engajaram-se na controvérsia literária para refutar idéias gnósticas. Estes ensinos heréticos reapareceram, parcialmente, em doutrinas dos Paulicianos do século VII, dos Bogomilos dos séculos XI e XII, e dos Albingenses posteriores, no sul da França.
Irineu em comparação com outros pais da igreja grega que lhe prescederam, era mais bíblico que filosófico. Ele foi o primeiro a escrever em sentido teológico para a Igreja. Segundo a história, ele foi martirizado em Lyon por volta do ano 200.
Não só Irineu, mas Polemistas como Tertuliano e Hipólito engajaram-se na controvérsia literária para refutar idéias gnósticas. Estes ensinos heréticos reapareceram, parcialmente, em doutrinas dos Paulicianos do século VII, dos Bogomilos dos séculos XI e XII, e dos Albingenses posteriores, no sul da França.
Irineu em comparação com outros pais da igreja grega que lhe prescederam, era mais bíblico que filosófico. Ele foi o primeiro a escrever em sentido teológico para a Igreja. Segundo a história, ele foi martirizado em Lyon por volta do ano 200.
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